quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

MUNICÍPIO DE GUIMARÃES: Maranhão/Brasil

 MUNICÍPIO DE GUIMARÃES: Maranhão/Brasil
Texto e Fotografias: marinelton cruz
Antiga Casa de câmara e Cadeia, na Praça dos corações


Guimarães é um município brasileiro do Estado do Maranhão, Localiza-se a uma Latitude 02º07’59” sul e a uma Longitude 44º36’04” oeste, estando a uma altitude de 41 metros. Sua população é de 12 387 habitantes (Censo 2007). Possui uma área de 598,796 km².
Histórico
Praça no centro da Cidade

Monumento na Praça dos Corações
A colonização do município começou no final do século XVI, quando foi construído um forte na Baía de Cumã para vigiar o possível movimento de invasores em direção a Alcântara Ou São Luis. João Teófilo de Barros, que parece ter sido dos primeiros habitantes da região, servindo-se da ajuda de silvícolas, montou a Fazenda  Guarapiranga, e em seus domínios, olarias e foros para o fabrico de farinha;  tempos  depois após seu falecimento a deixou de Herança a seu único Filho o mestiço José Bruno de Barros que em 1755 que já havia se deslocado mais para o centro da sesmaria onde fundou a fazenda da Juçara,em ato de doação passou a Fazenda de Guarapiranga onde hoje situa-se a Cidade de Guimarães em 1758 para os domínios da coroa portuguesa.
Igreja de São José

Doada à Coroa, no decurso de 1758, sua fazenda de Guarapiranga foi o ponto inicial do atual Município de Guimarães. Já no ano seguinte, era fundada a vila, sob a denominação de São José de Guimarães e logo incorporada à comarca de São Luís do Maranhão.

Estatua de São José no "Guarapiranga."


Atraídos pela abundância de peixes, grande leva de estrangeiros, principalmente portugueses, chegou à nova povoação. Fundaram estabelecimentos agrícolas para o plantio de mandioca e cana-de-açúcar e iniciaram a fabricação de cal, usando crustáceos como matéria-prima.
Vestigios Pré histórico

Esta vila é uma das maiores do Estado e com tantos moradores que forma uma companhia de auxiliares de oitenta praças" - escreveu Joaquim de Melo e Povoas ao governador em 1766. E Antônio Corrêa Furtado de Mendonça, procurador-geral dos índios, trinta anos depois asseverava: "A vila de Guimarães do Cumã desta capitania pode servir de exemplar que é a única vila de índios que se acha em grande adiantamento, na qual já se acham muitos índios com bens e possuidores de escravos."
Devoção a São José

Somente em 1838, porém, é que se instalou a primeira escola, e em 1847, a Agência Postal.
Segundo o quadro administrativo vigente em 31 de dezembro de 1955, Guimarães compõe-se de 3 distritos: Guimarães, Mirinzal e Muiraneu.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Guimarães, pela provisão de 23-03-1758.
Elevado à categoria de município com a denominação de Guimarães, pela lei provincial nº 7, de 29-04-1835. Sede na Vila de Guimarães.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a Vila é constituída do distrito sede.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Guimarães, pela lei estadual nº 885, de 26-02-1920.
Casa Dias Vieira

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pela lei estadual nº 269, de 31-12-1948, são criado os distritos de Mirinzal e Mairaneu e anexado ao município de Guimarães.
Casa Paroquial

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 3 distritos: Guimarães, Mirinzal e Muiraneu.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 2175, de 26-12-1961, desmembra do município de Guimarães o distrito de Mirinzal. Elevado à categoria de município.
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Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Guimarães e Muiraneu.
Pela lei estadual nº 2378, de 09-06-1964, desmembra do município de Guimarães o distrito de Muiraneu. Elevado à categoria de município com a denominação de Cedral.
Em divisão territorial datada de 1-I-1978, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Gentílico: vimaranense
Fonte: Biblioteca IBGE
Fundação: 19 de janeiro de 1758
Altitude:41 metros
População: 12.878 habitantes (IBGE)
Número de eleitores: 9.081 (Eleitorado de 2006)
Área: 616,6 km²
Densidade demográfica: 20,89 hab/km²
Coordenadas Geográficas: 02º07’57” Lat. S e 44º36’04” Long. W (Pirâmide)
Posição distante da Capital rumo N.N.O em linha reta: 54 km
Clima: quente e úmido, com chuvas de dezembro a julho
Criança Vimarense
Gentílico: 
Quilombola

Chama-se quem nasce no Município de Guimarães, vimaranense, vimarense ou guimarantino. Os dicionários Aurélio, Barsa e Houaiss não registram o gentílico "vimarense", o termo mais popular. Segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, da Enciclopédia Barsa, o verbete “vimaranense” significa “relativo a Guimarães, cidade e município do Maranhão. Pessoa natural desse município”. De conformidade com Érico Veríssimo (Solo de Clarineta, vol II, pág. 178) a denominação “Guimarães originou-se do germânico wimara, de onde resultou Guimara (cavaleiro combatente). A palavra vimaranis é conhecida na Europa desde 1258, e, com o tempo, aportuguesadamente Guimaraens e, ainda, Guimarães.
Localização
O Município de Guimarães possui 598,8 Km²  ocupando a 156° posição em relação a extensão no Estado; esta localizado no Litoral Ocidental do Maranhão fazendo parte da Mesorregião Norte Maranhense- Microrregião Geográfica do Litoral Ocidental Maranhense – Região da Costa Amazônica do Maranhão.
Limita-se ao Norte com o Município de Cedral, a oeste com os Municípios de Mirinzal e Central do Maranhão, ao sul com Central do Maranhão e Bequimão a Lester com o Município de Alcântara e o Oceano Atlântico.
Educação
Em 2010 o município matriculou 2.310 alunos e na rede Estadual 1.270, totalizando 3.580 alunos. A maioria das Escolas Municipais estão localizadas na zona rural do num total de 29 escolas e três na zona urbana. As escolas estaduais são sete ,sendo 3 na zona urbana e 4 quatro na zona rural.
Os alunos matriculados estão distribuídos em creches, pré escolas e escolas de ensino fundamental, todas no âmbito da educação municipal; na educação estadual estão os estabelecimentos que atendem ao ensino médio e a EJA.
O corpo docente corresponde a 172 professores que atuam na educação municipal , nos turnos matutino e vespertino, e 104 na rede estadual nos turnos matutino, vespertino e noturno.  Exi8ste transporte escolar para os alunos da educação municipal e estadual, assim como a distribuição de material escolar. Fardamento é distribuído para os alunos da rede municipal em algumas escolas existem laboratórios de informática e bibliotecas.
No município há ensino superior ministrados pelos cursos de pedagogia da Universidade Estadual do Maranhão- UEMA--, Ciências Naturais e Exatas, Filosofia, e educação física pela Universidade Federal do Maranhão- UFMA, Biologia, Matemática e Química pelo IFMA.
Ambiente Físico
Igarapé e Manguezal

A geologia do município é na sua maior parte de formação Itapecuru arenitos finos , avermelhados e róseos, cinza argilosa, geralmente com estratificação horizontal; na parte Nordeste, próximo ao litoral aluviões marinhos cujos depósitos recentes são constituídos por cascalhos, areias e argila consolidadas.
Quanto a geomorfologia esta enquadrada no litoral em rias que afogadas foram convertidas em planícies aluviais, e são emolduradas extremamente por pontões lodosos e Ilhas que se formaram pela ação das marés. A parte externa é representada principalmente, pelas planícies de mangue e por tabuleiros de sedimentos intemperizados/ laterizados da formação barreiras e planície de mangue.
Nos solos estão presentes latossolos amarelos, dominantes no município. São solos profundos e muito profundo, bem drenados, com textura variando de média a muito argilosa. São ácidos, porosos, friáveis, de cores variando do amarelo ao vermelho e solos indiscriminados de mangue; são solos mal drenados, com alto conteúdo em sais minerais provenientes da água do mar e do composto de enxofre com textura variando desde argilosa até arenosa ao longo da faixa costeira.
O clima é tropical úmido, com dois períodos – Chuvosa de Janeiro Junho e estiagem de Julho a Dezembro e apresenta moderada deficiência hídrica entre os meses de Julho a Setembro.A temperatura media anual é sempre superior a 18ºc, sendo que a soma da evapotranspiração potencial, nos três meses mais quentes do ano é inferior  a 48%. A umidade relativa do ar anual é sempre superior a 82%. Em relação aos totais pluviométricos,apresentam entre 2000 e 2400 mm anuais, com temperatura média anual superior a  27ºC.
A cobertura vegetal primitiva era de mata tropical, que devido a sucessivos desmatamentos se apresenta atualmente, como mata secundaria formada principalmente pela mata de cocais. A margem dos rios está a mata ciliar e ao longo do curso inferior e na orla marítima com vegetação que ocupa normalmente ambiente salinos e salobros, instalando-se nas áreas que sofrem influencia das marés.
Em relação aos recursos hídricos o município faz parte  das bacias hidrográficas do Rio Pericumã e Gepuba com afluente  Arapiranga, guarapiranga, Nazaré, Siribeira, Grande e Bizal.
O Município encontra-se encravado nas reentrâncias e Baixada Ocidental Maranhense, é parte integrante da Costa Amazônica do Maranhão.
Espaço Urbano
O espaço urbano do município é composto por 73 ruas. 

a maioria das ruas encontram-se calçadas com pedra e cimento o ameniza o calor nas ruas em dias ensolarados enquanto 06 estão asfaltadas
Patrimônio arquitetônico

O município de Guimarães representa com sua arquitetura um vasto patrimônio colonial na região das reentrâncias maranhense, o segundo município mais antigo tem um conjunto de prédios no centro da cidade muito bem conservados mostrando a tradição da construção civil colonial portuguesa. As ruínas de pedras presentes nas diversas partes da cidade, nos alicerces de prédio como a sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e próximas da Praça da Matriz juntamente com a conjunto de prédios como a Casa de Câmara
e Cadeia a Igreja de São Jose fundada no inicio do século XVIII pelo primeiro proprietário da Fazenda Guarapiranga João Teófilo de Barros, o Edifício José Bruno de Barros, (Grêmio Cultural vimarenses Fundado em 1959)  casa Dias Vieira, Casa Paroquial, dentre outros monumentos particulares distribuídos pelo centro da Cidade.
Espaço Rural
Porto do Guarapiranga

O espaço rural esta distribuído nas seguintes comunidades: Sítios: Andirobal,Baiacu-Mirim,Baixa grande,Barreiro,Bela Alegria, Bitiua,Bolivia II, Cachoeira,capa, Capitiua,Caputera,Caranguejo, Creolina,Egito,Encontro,Engenho,
Um mastro em homenagem à São Sebastião
Entre Rios, Ferreira,França, Guadalupe, Itapecuru,Itapéua,Itapiranga, Janão,Jandiritiua,Jenipapo, Jerico, Marmorana,Mirinzal Meritiba, Monte Alegre, Nazaré, Nova Estrela ,Paquetá,Peri de Caxias, Peri de Goulart,, Peri do meio, Pindobal,Ponta do Camassaú,Porto das cabeceiras,Porto de Baixo, porto das cabeceiras, Porto do Coroatá,Porto do Macajubal, Porto do Rosario, Porto do Tupinambá, Primavera, Recanto, Recreio II,Respira,Rio da Prata, Salinas,Santa Catarina,Santa Cruz,Santa Luzia,Santa Rita dos Cardosos,, Santa Vitoria, São Benedito,São João, São José , São Pedro, São Vicente, Sertão, Siribeira, Sumidouro, e Zaranza.

Povoados:

Biacu-Açu, Boa esperança, Cajá Bom, Carapira, Caratiua,Ceará, cumom, Damasio guajerutiua,Guarimandiua, Jenipauba,Jepuba, Lago do Sapateiro, Maçarico,Pareaua, Ponta do Aruoca, Prata , Puca,Santo Antonio e Vila Nova.
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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pesca Artesanal


Pesca Artesanal na costa amazônica maranhense
Texto e Fotografias: Marinelton Cruz

 
Pescador de espinhel 
A pesca artesanal é uma atividade produtiva pratica pelo homem desde suas primeiras tentativas de organização social. O extrativismo dos produtos do mar utilizados na composição da dieta alimentar humana, tem paralelo na evolução da história durante todo o processo do desenvolvimento produtivo da humanidade. Desde as iniciativas individuais primatas, as primeiras tentativas de organização coletivas e sociais.
Porto em Serrano do Maranhão
A pesca artesanal no Maranhão é uma atividade que resiste no modo primitivo de produção,  ao lado do desenvolvimento tecnológico na base da sociedade moderna.
Camurupim -pescado com rede Malhão No Município de apicum Açú/MA
Durante centenas de anos, em partes do nordeste brasileiro,  no Maranhão; na costa amazônica maranhense, esta prática  com algumas modalidades continuam sendo exercidas sem quase nenhuma alteração( Curral, Manzuá, Muruada, Zangaria,  entre outras), outras foram ao longo do tempo sendo criadas conforme o desenvolvimento tecnológico e as necessidades que foram surgindo durante o processo de crescimento e desenvolvimento das populações.Nota-se que houve um processo de evolução dos apetrechos e instrumentos em geral utilizados para a captura dos frutos do mar. O mesmo não se percebe quando das condições de melhorias para a categoria dos pescadores artesanais, muito pelo contrario, o que mudou, mudou para pior, o aumento das populações: tanto de consumidores quanto de pescadores, o desenvolvimento tecnológico e aumento da oferta e da procura neste setor, gerou a captura desordenada diminuindo o estoque.

Novas  modalidades

 Criou-se novas modalidades inovações foram introduzidas no fabrico de armadilhas como as redes de emalhar que passaram da tecelagem manual artesanal para o sistema fabril envolvendo maquinários sofisticados em cidades do Brasil e outros países como o Japão por exemplo. As embarcações que eram pequenas canoas, de propulsão a remo utilizadas na costa do Maranhão passaram a ser barcos motorizados com motores fabricados por multinacionais.
Riscos
Porto de Porto Rico do Maranhão

 O manuseio dos utensílios nas margens da orla marítima, nos campos, rios e igarapés, sempre implicaram em fatores causadores de acidentes, causadores de mutilações e morte de pescadores: é comum encontrarmos pescadores com deficiências físicas causadas por ferroadas, de peixes como: Raias, Bagres ou mordidas de tubarões. Assim como relatos de óbitos nas comunidades mais remotas causadas por acidentes decorrentes das atividades relacionadas com a pesca artesanal.
Ganhos
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Os ganhos com a pesca artesanal no Maranhão são insuficientes para manter as famílias ocupadas profissionalmente apenas com a mesma, principalmente as populações das comunidades oceânicas da Costa Amazônica do Maranhão situadas no Litoral ocidental maranhense.

Manejo

As atividades pesqueiras, de cunho artesanal em alto mar realizada a bordo de embarcações de pequeno porte de tração motorizada como as que pescam na costa do Maranhão, por sua vez não oferecem a menor possibilidade de segurança para os pescadores que manuseiam a bordo grandes extensões de redes: chegando em media a 2.000 mil braças de Homem em extensão (3  km ) em barcos que variam de 8 a 12 metros de comprimento. Estas embarcações não possuem a bordo somente com raríssimas exceções: coletes salvas vidas, luvas, roupas adequadas, ferramentas, viseiras e outros. As condições de alojamento em auto mar nestas pequenas embarcações, são quase inexistentes, as que possuem “beliches’ não comportam toda a tripulação, além de ficarem localizadas na região da casa de maquina, onde o calor e o som ensurdecedor do motor não oferecem o menor conforto: os pescadores adormecem pelo cansaço resultante do trabalho estafante que não obedece a jornada de revezamento. Os frutos do mar em especial o pescado, é considerado a principal fonte de alimento saudável dos tempos modernos, é o produto orientado pelas Gastronomia  moderna para o consumo em beneficio de uma vida de boa qualidade, em todo o mundo aumenta a procura e o consequente consumo dos  derivados e produtos originados dos frutos do mar.

Déficits

Com a escasseies do produto o e desenvolvimento do comercio, aumentando as categorias dos atravessadores, os pescadores tiveram gradualmente a desvalorização de mão de obra, o valor do pescado se mantém em patamares elevados para os consumidores, enquanto que o que é pago para os pescadores, na maioria dos casos não chega a cobrir as despesas destes com a alimentação consumida na própria jornada de trabalho, gerando endividamentos difíceis de pagar e as vezes impagáveis, criando um circulo viciosos desagregando as famílias destes trabalhadores por toda a extensão da costa e comunidades de pescadores artesanais do Maranhão.
Regulamentação
Somente a partir da segunda metade do século XX, é que iniciaram as primeiras iniciativas no sentido de regulamentar a pesca artesanal.

As circunstancias atuais demonstram que a categoria dos pescadores artesanais não evoluiu em relação aos meios de produção envolvidos na produção moderna da pesca. As condições de vida são extremamente precárias: vivem em sua imensa maioria em comunidades sem infraestrutura; suas casas são as mais rústicas de todo o conjunto da zona rural do Maranhão, o sistema alimentar está fora dos padrões, e a educação é ineficiente para capacita-lo adequadamente para o desenvolvimento da profissão, permanecendo apenas o conhecimento empírico herdado de gerações anteriores.

quarta-feira, 13 de março de 2013

COSTA AMAZÔNICA DO MARANHÃO


COSTA AMAZÔNICA DO MARANHÃO
Textos e Fotografias: Marinelton Cruz

O Maranhão possui a maior concentração de manguezais (em torno de 50%) do país. O Litoral, principalmente a parte ocidental detém a maior quantidade de baías, estuários, penínsulas, ilhas e arquipélagos costeiros, formando a costa amazônica maranhense. É a região litorânea do Maranhão que apresenta o ecossistema marinho mais preservado do país.


 A espetacular Costa Amazônica Maranhense esta localizada entre a Baía deTubarão a foz do Rio Gurupi na divisa do Maranhão com o Pará, compreende o Golfão Maranhense (onde está a Baía de Tubarão, Região do Munim, a Ilha de São Luís, Alcântara e a Baía de Cumã) e o litoral ocidental.
 No litoral ocidental, a oeste de São Luís e logo após Alcântara se estendem as  Reentrâncias Maranhenses que abrigam o Pólo Ecoturístico da Floresta dos Guarás e o Pólo Amazônia Maranhense. Esta parte do litoral abriga a quinta Zona  Úmidas de Relevância Planetária (RAMSAR) e da Rede Hemisférica de Reservas para Aves Limícolas, O Farol de São João; o segundo em importância para a navegação brasileira, a lendária Ilha dos Lençóis; morada definitiva da  encantaria Sebastianista no Maranhão e o parcel de Mané Luis  que  em 1991 foi transformado no primeiro parque estadual marinho do Brasil. O   Parcel de Manuel Luís é um conjunto de formações rochosas submersas, com cerca de  mais de 18 km de extensão por 6 km de largura, é considerado o maior banco de corais da América do Sul.


O Estado do Maranhão já foi o maior produtor de pescados do nordeste brasileiro. Estudos atuais apontam para a alta produção primária, que é sustentada por uma vasta e rasa plataforma continental, com uma das maiores marés do Brasil.




 Uma grande quantidade de materiais nutrientes trazidos pelas descargas dos rios fornecem as condições necessárias à existência daquele ecossistema: os viveiros nos refúgios naturais são responsáveis pela permanência de inúmeras espécies marinhas na região da costa amazônica maranhense.  O grau de salinidade é apontado como outro fator importante neste conjunto.


Nas inúmeras ilhas que se estendem rumo ao oceano e no continente habitam pescadores, que resistem na prática artesanal da pesca, formando comunidades tradicionais em meio à grandiosa diversidade biológica e ambiental da região.

A produção em escala industrial da pesca é inexistente, no entanto as condições naturais para a sua realização são bastante favoráveis caso seja investido na formação adequada de aquaviários e na renovação da frota pesqueira, de forma a que o pescador maranhense possa acessar os peixes demersais da rica costa norte brasileira. A  maricultura, como a carcinicultura  é outra opção que merece ser implementada  como modelo de desenvolvimento e sustentabilidade.